Num círculo que se irradia a partir do município de São Paulo está a maior concentração brasileira de empresas que lançaram produtos com inovações tecnológicas, informa a recém-lançada pesquisa Performance Econômica das Regiões Brasileiras (Perb). Não é sem razão.
São Paulo detém 55,7% do pessoal ocupado em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos nas indústrias e 61,1% dos pesquisadores em empresas que lançaram inovações.
Na capital paulista, 6,32% das empresas industriais apresentaram inovações (em 3,3% delas, com patentes nacionais); na Grande São Paulo, o porcentual foi de 5,59% (em 3,3%, com patentes nacionais); e em todo o Estado o índice foi de 4,73% (em 2,8%, com patente nacional). Na Zona Franca de Manaus, 7,96% das empresas lançaram inovações tecnológicas, mas apenas 2,7% dos produtos tinham patente nacional, revela a pesquisa coordenada pelo economista Aurílio Caiado, da Universidade de Sorocaba.
No Rio, 4,29% das empresas apresentaram inovações, mas só 1% lançou produtos com patente nacional. No Rio Grande do Sul, 4,04% das empresas apresentaram inovações (em 3,8% delas, com patente nacional). As outras regiões ficaram bem atrás (ver quadro).
Tudo indica que essa distância vai aumentar. Na primeira Perb, dos anos 1998/2000, 53,1% dos pesquisadores contratados por empresas industriais no País estavam em São Paulo; na Perb seguinte (2001/2003), o porcentual cresceu: 54,5%. A terceira Perb apontou que em 2003/2005 São Paulo tinha 55,7% dos pesquisadores ocupados em P&D.
Consideradas apenas as empresas que apresentaram inovações para o mercado, São Paulo tem 16.870 graduados e pós-graduados envolvidos com P&D (61,1%). A seguir vêm o Rio de Janeiro, com quase dez vezes menos - 1.903 pesquisadores (6,9%) -, Santa Catarina, com 1.886 (6,8%), e Rio Grande do Sul, com 1.628 (5,9%).
FONTE: Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário