A inovação ainda permanece distante das empresas brasileiras, conforme demonstra a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2008, realizada há nove anos no País pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).
Participaram da edição 2008 da pesquisa 43 países, entre grandes potências (Estados Unidos, Japão e praticamente todos os países europeus), e países em diferentes estágios de desenvolvimento (Coréia do Sul, Brasil, Índia, Rússia, Argentina, Angola entre outros).
Tanto a pesquisa como o relatório do SEBRAE são bem extensos (mas vale a pena baixá-los - aqui - em inglês - e aqui, respectivamente) e repleto de informações interessantes.
Vejamos o Brasil:
- Entre os países que realizaram a pesquisa GEM em 2008, o Brasil apresenta-se com uma das mais baixas taxas de lançamento de produtos novos (desconhecidos para o consumidor) e de uso de tecnologias disponíveis há menos de um ano no mercado.
- Tanto em relação ao uso de novas tecnologias como em relação ao conhecimento dos produtos por parte dos consumidores potenciais dos empreendimentos iniciais e estabelecidos, o Brasil quase desaparece frente a concorrentes da América Latina e do BRIS. Essa é uma situação preocupante em economias baseadas em conhecimentos e em um mercado globalizado, em que a competitividade depende claramente da capacidade de inovação dos empreendimentos frente a seus concorrentes no mercado internacional.
- Em uma lista de 43 países, considerando os empreendimentos iniciais (até três anos e meio no mercado), o Brasil ocupa o 42º no ranking;
- Somente 3,3% dos empreendimentos já estabelecidos no Brasil afirmam que seus produtos podem ser considerados novos para os clientes;
- Em relação ao Bris (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), a comparação também não favorece o Brasil. Rússia e África do Sul apresentam taxas de lançamento de produtos novos para todos os consumidores acima de 20%, estando também entre as dez primeiras posições nesse ranking entre os países pesquisados pela GEM 2008. Somente a Índia apresenta baixa participação de produtos novos lançados no mercado (10%), embora a proporção seja bem superior à do Brasil (3,3%).
- O Brasil também apresenta baixa proporção de uso de tecnologias novas: 1,7% dos empreendimentos iniciais e 0,7% estabelecidos usam tecnologias disponíveis há menos de um ano. No caso de uso de novas tecnologias, o Chile atinge 33%. Nos países do Bris, a Índia apresenta uma proporção de 28%; a África do Sul tem 25% de empreendimentos que usam tecnologias novas.
Uma das causas do baixo potencial tecnológico dos empreendimentos no Brasil está mais assentada em fatores culturais e ambientais do que em fatores tecnológicos. Ou seja, pessoas e empresas têm um grande potencial de crescer e ajudar o crescimento no Brasil, auxiliando outros negócios e empresas a terem idéia do potencial de crescimento que a aplicação tecnológica e a inovação pode lhes dar.
Para isso é necessário que aprendamos a como lidar com esse público, tão carente de informações sobre inovação e tecnologia.
FONTES : SEBRAE, PROTEC, GEM BRASIL , IBQP
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